sexta-feira, 30 de outubro de 2009

E em três dias fez-se uma era


Os três dias de musica e paz ecoam até hoje nos ideais de jovens e adultos. Passam através da educação dada pelos pais e avós. Woodstock virou nostalgia, para muitos que foram, para muitos que não puderam ir, e o mais importante, para os que nasceram muito depois da “age of aquarius” docemente chamada de “Geração Woodstock”.
     Talvez só o fato de termos jovens que nem sonhavam em nascer vivendo uma nostalgia do que nunca presenciaram já nos mostra a grandeza deste evento. Como se já não bastasse, o mundo teve o prazer de testemunhar ícones do Rock (que eu particularmente gosto de chamar de músicos da geração woodstock) country e outras excelências musicais subirem ao mesmo palco, sem descanso ou intervalo, durante 3 dias, por uma causa comum...Para falarem sobre a mesma coisa
     É muito interessante ver que por mais que os anseios, e a maneira de se expressar a favor destes fosse peculiar e particular daquela época, vemos uma característica forte e decisiva que nos permite ainda nos dias de hoje acreditar que o sonho tão sonhado(com o perdão da redundância) pelos jovens da época é o mesmo que de todos os jovens de gerações posteriores. Hippies, sujos, maconheiros (essa palavra é feia e pejorativa demais) errados, rebeldes, ou qualquer outro “sinônimo”: Assim eram chamados os jovens que foram a este evento, que proclamaram em voz alta o desarmamento nuclear e de suas ogivas que arrancam cabeças, desintegram almas, e tiram a esperança de pessoas que já sofrem para mantê-la. Os jovens que celebravam a paz, seja ela em qualquer âmbito (da paz entre povos à paz entre as famílias). Os jovens que por fim almejavam, gritavam para os ventos, se esgoelavam cantando juntos com as lendas de Woodstock para que a guerra, seja ela interna em nossos corações ou externa em nossas arrogâncias e estupidez, acabasse e para que um dia todos consigam achar o que aqueles jovens, com tantos sinônimos diferentes, que nunca significavam a mesma coisa e sempre simbolizavam algo a ser rejeitado, tinham descoberto antes de todos que os marginalizavam: a essência do amor.

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