domingo, 17 de janeiro de 2010

Casa comigo depois do Carnaval

 Carnaval. Sinônimo de... Pegação. Não, não era assim.
 Não era para ser assim. Amores mal resolvidos, amores desejados e nunca tidos, amores idealizados numa realidade inalcançada, um desejo de estar com alguém, só com alguém, e curtir esse só alguém. Desejos assim, desejados por pessoas que não passam do desejo, como se esperassem por uma fada madrinha. O carnaval virou a "fada madrinha às avessas" onde pessoas que esperam um dia encontrar alguém (é, é a melhor maneira de explicar) tentam realizar seus desejos da maneira mais contrária possível.
 O carnaval dentre outros eventos, dias, períodos foi escolhido para se fazer tudo que não é permitido fazer por aí pelas próprias cabeças alucinadas que cantam o hino da moralidade e decência cotidiana. Nada contra, eu ja fiz. Mas percebi que muito mais pessoas do que parece na verdade entram na onda do carnaval e matam sua sede de ter um romance ou qualquer coisa do gênero fazendo o oposto. A quantidade de pessoas que eu ja ouvi falarem "depois do carnaval eu tô querendo sossegar, acho que vou começar a namorar" comprova isso. Não é assim que funciona, e porque só depois do carnaval? Será a melhor maneira de escapar, de se esconder em seus sentimentos? Pulem carnaval, "peguem" algumas pessoas, mas enquanto isso pensem se esse não pode ser o seu caso também.




A melhor cama do mundo
Tô esperando você
O "pra que" a gente resolve depois
Segredos de nós dois

Como é que bate palmas
Para o nosso delírio carnal?
Palhaços fazendo malabares
Com confetes
Amor em dias de carnaval

A fantasia tirada da gaveta
Volta às ruas
Esconde os rostos e mostra sonhos mal realizados

Blocos de desejos perdidos em goles de solidão
Uma solidão cercada de folia
Foliões que tiram as máscaras depois da quarta de cinzas
E guardam prantos na gaveta para o ano que vem
Verão.

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