segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Alegria, Alegria.

Estou com medo de desistir da felicidade. A felicidade que se mascara oferecendo limitações como vantagens, polenizando sorrisos em panfletos de eventos, praias com sol e atribuindo conhecimento a universidades do século passado. É, a felicidade foi banalizada pelos que não a reconhecem como um estado de espírito, aceita pelos que se desesperam para tê-la. Como serei sem ser feliz? Estaria eu indo na direção certa se preferisse o sentimento orgânico a plasticidade cultivada em estufa para crescer robusta e fagocitar os carentes de sentimentos “anti-depressivos”? Não quero mais brincar de sorrir atoa. Quero sorrir atoa por não me vender a preço de custo para quem produz felicidade em série. Me manterei triste se esse for o único jeito de continuar tendo o controle sobre o nó da minha garganta, o sopro do meu coração, o frio da barriga.

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