domingo, 3 de abril de 2011

Outono na cidade

As pedras-à-beira-mar do arpoador brilham ao serem banhadas pela água do mar como um diamante bruto em erosão. O limo que a cobre assobia num tom melodioso e calmo quando a brisa que evapora toca a pele desse que aqui vos fala.
Já é outono e não se é mais queimado pelo sol;
se é conduzido a queimar-se.
Já não se vê mais flores nas árvores;
as catamos no chão.
O sol já dorme mais cedo
e a noite acorda à tarde
com preguiça de levantar.
É outono na cidade...
Agora se busca calor no abraço dos corpos,
na saudade dos amores
e nos rabiscos dos poetas...

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