sábado, 31 de outubro de 2009

Lua, coelho e bulas de remédio

Não há no mundo
remédios contra desamores.
Não há meu bem
um manual sobre como superá-los.
Mas há no fundo, bem lá no fundo,
naquele lugar, no limite entre nossos delírios e lucidez
a vontade guardada
o desejo de sempre tê-los denovo.
Assim como a lua e suas fases
e o desejo de achar o coelho branco em sua cartola em forma de cratera.
Deitar na grama e passar a tarde esperando ele aparecer denovo
até o dia em que não há mais lua nem coelho.
Depois você descobre que eles reapareceram e corre para ver denovo.
Continuam intocáveis, doces, encantadores.
Com o tempo percebe que eles sempre voltarão
depois de sumirem simplesmente para não se tornarem chatos, enjoativos...mesmos.
E se acostuma com a beleza de terque esperá-los mais uma vez.
O amor é um hábito.

2 comentários:

  1. O amor é um hábito. Não é uma via de mão dupla. É a vontade de viver no sentido mais íntimo e bonito. É sorrir simplesmente por ver alguém sorrindo, mesmo que não seja pra você. é o bem querer e a compreensão.

    :)

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  2. O amor é mais do que hábito, é vício! É repetir de maneira diferente, é a mais deliciosa das contradições. Só o amor é capaz de tornar-se pleno em todas as suas formas e variações...

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