sábado, 6 de março de 2010

Pense bem.

"Eu tenho uma caneta na mão."
Muita gente tem uma caneta na mão. Aliás, todos tem o poder de uma caneta na mão.
É isso que preocupa. O que está sendo feito com o poder de uma caneta na mão?
Todos nós nos declaramos alguma coisa, mas sempre esquecemos que para sermos algo precisamos não ser. Eu quero dizer que, se você não sabe sobre o que existe como poderá escolher o que ser e o que não ser? Talvez, agora,  você nem conheça direito o que é.
Desbruçar-se sobre as questões que envolvem seus pensamentos opiniões e críticas talvez não seja sensato quando se trata só de explorar seu interior mental. É preciso muito mais do que só ficar circundando você mesmo, é preciso expandir suas percepções, exercitar sua capacidade de alcance das coisas. É preciso que você olhe em 360º e duplique seu diâmetro a cada volta.
Entender o que há por trás de cada letra do nome das pessoas que passam por você na rua.
Saber que a boa crítica só é dada quando antes se entende o que se vai criticar.
Ter a humilde certeza de que ninguém é livre no que pensa.

Todos tem o poder de uma caneta.
Mas nem todos sabem o que vão escrever com ela, ou se sabem estão enganadas.

Façam, mas saibam o que estão fazendo, por favor. O mundo não precisa mais de cabeças deliberadamente pensantes.

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